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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Creche ou babá?





A licença-maternidade está acabando, logo você precisará retornar ao trabalho e aquele velho dilema ainda paira no ar... Quem vai cuidar do bebê? A melhor opção seria poder contar com a avó ou um parente próximo, mas isso nem sempre é possível. Muitas vezes, esse parente mora longe, não tem mais energia ou não está mais presente. Resta escolher entre contratar uma babá ou levar o pequeno à creche. Não é uma escolha fácil, e não existe uma resposta definitiva: você deve analisar suas opções para decidir qual delas melhor se adapta à sua realidade. 

Por que escolher a babá?

“A vantagem da babá é que você pode treiná-la e orientá-la sobre como quer que seu filho seja educado. é preciso sempre fiscalizar para ter certeza de que ela esteja cuidando bem da criança. Uma desvantagem é que ela pode faltar e deixar todos na mão, e o ideal é ter um plano alternativo caso isso ocorra”, opina Jorge Huberman, pediatra no Hospital Albert Einstein e no Instituto Saúde Plena, em São Paulo.

Ele alerta que a escolha da babá deve ser minuciosa. “A mãe deve buscar referências profissionais e pessoais. O ideal é contratá-la antes de reiniciar as atividades no trabalho, para que possa acompanhar o bebê por alguns dias sob o cuidado dessa pessoa. A criança estará se desenvolvendo e crescendo dentro da casa, com os seus brinquedos, no seu ambiente familiar”, orienta o pediatra. No primeiro ano de vida, o sistema imunológico dela ainda não está bem formado, em casa ela estará mais protegida das viroses. A partir do segundo ano, já estará mais preparada para enfrentar o convívio com outras crianças.

Por que escolher a creche?

A creche também tem suas vantagens. “As creches ou berçários contam com profissionais treinados para dar o estímulo correto a cada faixa etária.” O pediatra explica que esses profissionais não só cuidarão do bebê, como da educação dele. “Eles são orientados quanto aos cuidados essenciais à saúde, como higienização, alimentação e descanso, tanto para a necessidade do estímulo quanto para o aprendizado e a socialização. As atividades ocorrem em interação entre o bebê e o educador e entre o pequeno e outras crianças. Além disso, o nenê não corre o risco de sofrer maus-tratos porque todos os empregados estão sob a constante fiscalização dos órgãos públicos”, diz Jorge.

O pediatra explica que a maior desvantagem é que, justamente por esse contato maior com as outras crianças, os bebês que passam a frequentar o berçário cedo ficam mais sujeitos a viroses e outras doenças contagiosas. “Mas esse quadro tende a amenizar à medida que a criança vai adquirindo imunidade.”

Mais algumas dicas

Seja qual for sua opção, fique atenta a alguns detalhes importantes na hora de contratar os serviços da babá ou do berçário. 

“Se for optar pela babá, escolha uma pessoa carinhosa, com experiência, e veja se o seu filho gosta dela e se aproxima sem que ela precise chamá-lo. A higiene é muito importante, além das referências. Opte por profissionais com cursos específicos para essa área. Hoje já existem profissionais formados em faculdades e treinados para estar com crianças na ausência da mãe, são educadores e estimuladores, um pouco diferentes de babás”, orienta o doutor.

Já se preferir a creche, observe estes fatores. “A creche deve contar com profissionais formados e preparados para trabalhar com crianças. As pessoas devem ser treinadas e alegres. O ambiente deve ser limpo, amplo, com uma pessoa cuidando de, no máximo, três crianças. O ideal é que seja localizada perto de casa ou do trabalho dos pais”, finaliza o médico.

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